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inventou se um narrador personagem, e autoral...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

sobre essa bagunça

foi sem pedir licença
e desajeitado
confundiu os degraus, e esbarrou na minha distração
o teu amor desarrumou as minhas coisas...

então o tempo com o costume de ajeita las,
deixou a saudade no seu lugar


sábado, 25 de janeiro de 2014

adultério

calculo que seja uma imprudência um banho de chuva,
um descuido,
ou algo mais célico,
no qual as coisas se atrapalham
e nos desorientam,
e assim andamos três quadras ou mais

desci do ônibus, como de costume depois do trabalho,
obviamente sem prever aquela chuva toda

logo nos primeiros passos ela juntou se a mim

dentre as regras e os bons modos,
antes de ir cada um pra sua casa, sorrimos e muito

provavelmente minha noite vai ser gasta com café e imaginações
e talvez eu saia pra caminhar...


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

dos enganos

considero, que era então desnecessário, aquilo
que em determinado momento deixou de fazer falta

era dispensável,
ou qualquer outra coisa poderia substituir

era um improviso

eu tinha sede,
e tu fostes apenas uma embriaguez,
no outro dia eu acordei ainda com mais sede


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

dos funcionamentos

e quando a mente cansa...

algumas coisas são apenas impraticáveis, 
não que sejam impossíveis, mas faltam lhes maneiras de se fazer,
faltam lhes encaixes

raro, o tempo que se emprega em coisa que podia não ser outra, 
nada mais mutável que nós mesmos, 
e nossas possíveis escolhas e rumos...

da mente do ser humano, até a ancora deve estar a deriva


domingo, 12 de janeiro de 2014

das casualidades

ouvi dizer que de vez em quando
e de maneira aleatória, um carinho estaciona e se acomoda,
e surgem flores novas no jardim

acho que foi sem querer, mas a intenção era essa

sem esperas,
sem relógios...

amor só aparece quando o tempo nos esquece



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

sobre a felicidade

aceitar o pouco e sorrir, mera acomodação

felicidade é um caminho que a gente nunca vai terminar
passa por aquela angustia de querer coisas, depois outras coisas
não se trata de esquecimento, mas de acúmulos

ser feliz é desejar, criar sonhos, prosseguir
ser feliz é nunca estar concluso, é sempre ter algo por fazer

felicidade é um querer que não tem fim