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inventou se um narrador personagem, e autoral...

domingo, 22 de dezembro de 2013

calmantes

quero e logo, o costume de te precisar pouco

subornei a minha saudade com as tuas desculpas
talvez ela durma bem essa noite


das proporcionalidades

faz tão bem, e quando o avesso surge... se desfaz tão bem


das dependências

um pouco de boas intenções
e um outro pouco de segundas intenções

refém de uma vontade, apago esse apego não pago


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

enantiose II

com outros costumes
e curando manias,
depois de uma ou duas semanas ela foi arrumando tuas bagunças em mim

três dias atras mudei os móveis de lugar
embora eu procure algo em um comodo e ele está em outro, hoje isso não me aborrece

desviei das promessas, e ela veio comigo

não uso mais aqueles erros...
inclusive troquei boa parte das minhas roupas





                                                                                                                                                                  *enantiose: cura de uma doença                                                                            com a indução de outra

domingo, 8 de dezembro de 2013

sobre a intensidade

diferente de outras situações
e alheio ao tempo...

quanto mais tenho, menos pareço ter, mais desejo ter

não existem sobras ou excessos,
economizar é inviável
é um gasto acelerado, imediato...

cada instante contigo é pouco,
é muito,
é raro,
escasso

tão intenso que mesmo que tenha fim, logo ressuscitará

extraconjugal

quando o foco é na verdade um desvio, 
ou se comporta como tal, 
o rumo é um labirinto...


sobre as possibilidades

admito...
talvez a culpa seja sua mesmo,
avalio ainda uma reconstituição


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

amor, é coisa de quem procura

em ordem, as boas intenções
e as segundas...

pouco importa

mal soube escolher os tomates,
gaguejei um favor

essas filas nos caixas de super mercado nunca andam
alias, faz uma duas semanas que o tempo estacionou naquela segunda feira de manha

dividi a duvida com um café e a moça da padaria,
pouco sabemos

ainda preciso buscar o jornal na banca do seu Otávio

oferecendo um bom dia, interrompo, entusiasmado, ele comentando com uma senhora sobre tal fulana, pedindo por um alguém que ela teve uma conversa no mercado dias atrás

dizia ele: ainda é bonito ver essas coisas acontecerem


domingo, 24 de novembro de 2013

das prevenções

guardo a água dos dias de chuva,
não sei do sol e da sede de amanha...


sobre ser o outro

nunca acostumei,
não era essa a vontade ou o desejo,
mesmo assim, cada pouco teu eu fui juntando
os mínimos que iam sobrando, e
até mesmo as coisas que eu apenas imaginei

...dos teus restos, eram feito os meus banquetes


domingo, 17 de novembro de 2013

psicografias

tem dias que percebi estacionada sobre a comoda uma saudade
ontem mesmo terminei de ler o livro com o qual tiveras acomodado teus últimos dias

procuro usar as mesmas ruas que eram teus costumes
no domingo, logo de manha, fui caminhar

quarta feira, se der tempo, vou visitar a tua vó, ou então na quinta feira

permaneci com assinatura do jornal,
inclusive leio a coluna da tua sobrinha, e envio um comentário por e-mail

o café, depois do trabalho, é ainda um bom amigo...

agora pouco começou a ventar

tua saudade vem feito chuva...
e eu, depois de fechar as janelas... fico sentado no cordão da calçada


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

sobre as conversas

ontem fui jantar com uma amiga tua,
esperávamos algumas respostas

eram noticias empoeiradas,
ocupou me a vida e as coisas, pouco usei confiar

continuar restringe...

o beijo entre eu e ela tornou se apenas uma outra pergunta


sobre as mesmices

quando todo amor virou incomodo

medo e desejo eram a mesma coisa, e
ambas se atrapalhando

despretensiosos, fomos alem
e tão espontâneos,
não soubemos conservar

custou nos entender
que felicidade é uma rotina que por vezes tem soluços


domingo, 10 de novembro de 2013

sobre a timidez

tanto desuso, sobrou coragem

imensas vontades e atrapalhadas
atrasos, banho de chuva
e o orgulho em descanso

foi preciso estacionar do outro lado da rua

cauto, contemplo a cor dos olhos dela
derrubo um riso depois de um oi e um soluço
sexto andar,
o elevador abriu e eu ainda não sei teu nome

subo outros dois andares imaginado uma conversa, talvez amanha...


sobre os tombos

não coube, acabou...

e foram, um pouco tarde, desaparecendo a vontade
e os vínculos

aconteceu um cansaço nas horas nossas

faltou jeito
e sobrou desgaste,
nos usamos de maneira incorreta, desiguais

tola, foi a reciproca tropeçar no egoismo outra vez

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

uma hora dessas

no acostamento, negando carona, uma vontade preguiçosa,
sem intenção...

a culpa instalou-se no beijo e no depois

embora sem combinações,
combinamos

horas desconhecidas,
alivio espremido,
uma certeza sem pressa

da beleza despretensiosa do amanhecer,
uma hora dessas reacontece


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

sobre o ciume

aprisiono expectativas,
alimento minha fome, imagino...

crio um muro e deixo o portão aberto

questiono a posse daquela que não me pertence
e confundo querer e precisar

me preocupo,
e modifico os planos... me bagunço

é o ciume, um atalho para a saudade




quinta-feira, 31 de outubro de 2013

dos retornos

a intenção era boa

restou uma folga,
ainda busco a voz que tu deixa naquele silencio de olhos grandes,
somo...

eram umas  coragens envaidecidas,
quase esqueci teu nome nos lábios de uma outra pessoa
dentro do necessário, e nunca o suficiente

dos males todos, a fé me serve

embora eu queira outras ruas
é a tua rua que me deixa mais perto de casa

o adeus sempre se desfaz quando as minhas vontades e os teus afazeres encontram a mesma esquina


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

sobre um final feliz

era preguiça, não amor...

acomodamos a vida no sofá depois das oito,
absortos,
até a flor antes do café da manha era a mesma todo dia

como maquinas, apenas funcionais

não era amor

amor requer incômodos, o amor é um incômodo,
um desajuste

foi bom acordar, lembrar de ti e pensar em mim


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

cúmplices

chuva, muita chuva, ponto de ônibus,
intervalo, meio dia

eram outras coisas, não amor,
acolhemos mesmo assim

algumas conversas ficam para depois,
um outro dia quem sabe,
e se perdem como guarda-chuvas em salas de espera

eu lembrava bem do teu nome,
e tu repetia as mesmas palavras sobre os meus olhos

o mau  tempo atrasou o transito,
aproximamos as vontades...

era o beijo, duas almas sorrindo, juntas


dos imprevistos

amor,
por essa e por outras,
julgo um blefe

um café no centro, a saudade ganhou folga...




domingo, 13 de outubro de 2013

por hoje

que a sua falta, me falte...

que ao menos nos faça bem, a vida
ser feliz demora muito,
tenho pressa de rir contigo


terça-feira, 8 de outubro de 2013

dos vínculos

suponho que a assiduidade seja dessas coisas que temos que ter sempre
e ainda mais que estar junto, estar dentro

carinho que atinge, sara...



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

sobre a nostalgia

eram nuvens, depois chuva, logo tornaram se rios

atrasaram,
escutaram outras musicas,
cancelaram encontros,
conheceram outras cidades,

vez que outra um cheiro de terra molhada perturba...



domingo, 6 de outubro de 2013

sobre o efeito placebo

custo acostumar contigo
e me canso

sofro de lonjuras e sorrio

a saudade é um instante que não tem cura...


terça-feira, 1 de outubro de 2013

sobre os encontros impossíveis

...que ninguém saiba que foi sem querer

do jeito longe de uma lua,
tão rara,
tão breve a rua, sincronias

sem avisos

o relógio, cúmplice
e o acaso sempre na hora certa

ainda que o portão da tua casa fosse do outro lado da rua
a sombra soube embaralhar me em ti e vice e versa








segunda-feira, 23 de setembro de 2013

das reconciliações

antes de mim, e de tudo quanto me oferece os sonhos,
aceito as suas desculpas

minha rua deixou de ser a tua,
buscamos esquinas,
contigo me sinto mais perto do céu

entre as promessas,
o nosso beijo sempre foi tão bem dito...


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

a qualquer preço

...fosse preciso não exigir, talvez

atrapalho me

quando te amo, tenho preguiça,
me demoro

contigo, me sinto em casa

Deus, permita me ser feliz onde eu me sinto bem


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

insuficiências

entre tantas trocas, buscou repor
eu não queria, quem poderia querer...

sobravam ausências

era bom, mas era pouco
fosse qual fosse o caminho, nunca chegamos
amontoaram se os desejos

faltou ser feliz, faltou ser pra sempre...



terça-feira, 13 de agosto de 2013

tardamos...

não, nunca foi sem querer
em alguns momentos fez se necessário fugir das nossas vontades

deus me livre me antecipar

sejamos inconclusos,
que entre nós sempre fique algo por fazer
uma revanche,
sorrir hoje e ser feliz amanhã, só amanhã

amor que não acaba, não tem fim...


domingo, 11 de agosto de 2013

sem culpas

meu carinho é um nômade
...sempre buscando nova morada

não mais me preocupo com o tempo
por hora prefiro não prometer

me espalho, me perco em ruas, derivo...
só me acomodo em refúgios até a chuva passar


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

sobre a esperança

sem pedir licença te amei
...mecanicamente assim

não tenho certeza, apenas fé, muita fé

te acomodei comigo,
ontem, antes de acordar, perambulei pela tua rua
vez que outra isso acontece

perto, ainda é pouco
provisoriamente imagino...


domingo, 28 de julho de 2013

ainda bem

não peço, mas demonstro e aceito
imagino antes se preciso,
me adapto

sou assim, ainda bem

minha fé acolhe o rumo dos meus desejos...



segunda-feira, 22 de julho de 2013

hipóteses

ainda que não seja, 
seria bom se então fosse
mesmo que nunca seja
seria bom se um dia fosse

depois de ser feliz, a culpa é só uma promessa


quarta-feira, 17 de julho de 2013

sobre aceitar mais

recuso qualquer incomodo ao sossego
quero um pouco alem
quero um amor e o quero em paz

reencaixo algumas esperas

teimosia, é quase uma preguiça de ser feliz...







sexta-feira, 10 de maio de 2013

porto seguro

vez em quando me distraio
e confundo
rastros e rostos

de todas as crenças só em ti mantenho a fé

vez ou outra  me demoro,
despreocupo...
sem rumos, sem muros

de todas as ancoras só o teu sossego me prende

de todo e qualquer caminho
a rua do meu retorno é o teu riso,
o teu riso é um rio raso que sempre da pé


segunda-feira, 29 de abril de 2013

dos teus caminhos

por vezes um atalho, noutras um desvio
que me orienta e que me distrai...

tenho em ti, o aconchego da rua que me leva pra casa


domingo, 28 de abril de 2013

na véspera do beijo

cuido para que o pra sempre tenha tempo de chegar,
entreguei uma esquina nas mãos da sorte de uma segunda feira

sempre fomos as pessoas certas, nossas horas é que eram erradas...



sábado, 20 de abril de 2013

do empenho

cada erro de antes, é um cúmplice

ou nos acomodamos
ou tentamos ser felizes

a felicidade é um incomodo necessário...


sexta-feira, 12 de abril de 2013

do meu despreparo

era desespero, mas desapareceu contigo
um apego acidental

amor é esse descuido que acontece entre um sorriso e outros...



domingo, 24 de março de 2013

sábado, 16 de fevereiro de 2013

encontros

eram esquinas,
eram desculpas, eram...

faz um certo tempo que o meu riso deixou de frequentar o encontro da minha rua com a tua


domingo, 10 de fevereiro de 2013

sobre o amor

que seja apenas o suficiente,
sem exageros...

nem pouco, para que com tempo não acabe
e nem muito, para que com o tempo não sobre e estrague




domingo, 3 de fevereiro de 2013

confissões

o meu relógio sempre teve as horas distraídas...
lamento, mas a parte boa de nós nunca soube o caminho de casa



sábado, 2 de fevereiro de 2013

metodologia

ser agradável aos poucos, 
é tão curto o tempo pra sorrir, deixamos-o mais demorado...


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

sábado, 19 de janeiro de 2013

e mesmo que

abortei os desgastes
não me incomodo com esperas
e tanto, que gosto até da tua demora

me convenci que meu riso melhora perto de ti





quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

das desconfianças

gosto de tu
e temo gostar de tu

o medo, é um desejo invertido,
uma capacidade interna de prevenção...


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

das nossas coisas

...e só por hoje sejamos mais displicentes

menos culpas,
menos responsabilidades

e mesmo que chova, que fiquem as roupas no varal essa noite



domingo, 6 de janeiro de 2013

descaminhos

e que eu sempre encontre um meio de voltar...

em uma esquina dessas acomodei o meu riso contigo,
e desde então foram se confundindo os retornos.